Sou Poder personificada.
Me chamam do instrumento de Apolo,
O veículo de comunicação divina.
Reis, sacerdotes e guerreiros
Absorvem cada palavra
Que eu profiro no transe sagrado.
O que eu falo eles obedecem.
Minha vida existe entre as aspas -
Sou a lingua da boca muda.
Uma corda do violino
Manipulada por uma mão hábil.
Prezados Estrabão e Plutarco,
Como os senhores estão errados!
As palavras são todas minhas.
O pneuma não tem nada fazer
Com o que eu falo.
Pago o preço, em abstinência e em jejum,
Para mandar o mundo
Fazer o que quiser.
Todos vão realizar a minha vontade.
Pago o preço para ser Apola.
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